Ir. Camille

Quem sou eu hoje?

Meu nome é Camille Vitória, sou de uma cidade pequenininha do interior de São Paulo chamada Santa Branca. Tenho 22 anos e estou na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria desde janeiro de 2022. Hoje, vivo a etapa do postulantado, e posso dizer com todo o coração: minha vida foi totalmente transformada por esse encontro com o Amor verdadeiro.

Como era a minha vida antes de encontrar Jesus?

Mas antes disso… eu era uma jovem que andava longe de Deus.
Ir à missa, pra mim, era quase uma obrigação. Minha família não era muito praticante, então eu participava apenas da catequese — e olhe lá.

Na pré-adolescência, sem referências e sem raízes na fé, acabei me perdendo. Comecei a buscar nas coisas do mundo, nas festas, nas bebidas e em uma vida desregrada, algo que preenchesse o vazio que existia dentro de mim.

Eu estava com sede… Mas não sabia onde encontrar a fonte.

O início

Como foi o meu encontro com o Senhor?

Foi em 2017, em um Maranathá de Carnaval, que tudo começou a mudar.
A princípio, fui obrigada pela minha mãe e minha tia a participar daquele retiro. Confesso que fui contrariada.
Mas ao longo daqueles dias, percebi que eu precisava profundamente daquilo.
Eu precisava de Deus.

Ali, fui tocada por um amor diferente de tudo o que já tinha experimentado.
Um amor que me olhou como eu era, com minhas feridas e pecados — e ainda assim me acolheu.
Ao final do retiro, eu estava decidida: queria dar uma nova chance a Deus.
E Ele, com paciência e ternura, foi me transformando.
Deixei as festas, deixei de beber… e fui descobrindo o quanto eu era amada.
Minha sede era por Ele. E só Ele podia me saciar.

Como descobri minha vocação?

Meses depois, em uma confissão com um padre muito querido, vivi um momento marcante.
Ali, naquele sacramento, senti Deus me chamando.
E o mais lindo é que Ele me chamou apesar de tudo: apesar das minhas falhas, do meu passado, das vezes que andei longe d’Ele.
Ele me olhou com misericórdia e me chamou para mais perto.

A Vida

O que mudou na minha vida depois que dei o meu sim?

Foi nesse processo que conheci as Servas de Nossa Senhora da Alegria.
Eu tinha só 16 anos, mas bastou um encontro com elas para eu reconhecer: “É isso que Deus quer pra mim!”

Iniciei um caminho vocacional que durou três anos — que, sinceramente, pareceram três pequenos dias. A cada passo, meu coração se confirmava. Eu queria viver para Aquele que deu tudo por mim.

Hoje, olho para minha história e digo:
Tudo mudou. Como diz Santo Agostinho: “Eu buscava fora aquilo que estava dentro.” Entrar na Comunidade foi uma forma de devolver a Deus tudo o que Ele já havia feito por mim.


Ser Serva é uma alegria imensa, é viver com a certeza de que vale a pena entregar a vida. Meu maior desejo é levar essa alegria aos outros, principalmente aos jovens que, como eu, um dia se perderam no mundo.
Cristo vive. E Ele nos quer vivos!

Os sonhos

 

Qual mensagem eu deixo para quem ouvir meu testemunho?

A mensagem que quero deixar para você, jovem, é simples, mas profundamente verdadeira: vale a pena seguir Jesus. O mundo, com suas promessas ilusórias, tenta nos convencer de que existe alegria longe de Deus. Mas essa é uma mentira que esvazia a alma. A verdadeira alegria — aquela que preenche o coração e dá sentido à vida — só é encontrada quando nos entregamos inteiramente a Jesus.

Não existe meio-termo no amor de Deus. Ou nos lançamos por inteiro, ou seguimos vazios. Não existe “meia verdade”, nem alegria pela metade. A alegria plena nasce dentro de nós, no nosso mais íntimo, quando reconhecemos que fomos criados para amar e sermos amados por Aquele que nunca muda.

Santo Agostinho expressa isso com uma beleza que atravessa os séculos. Ele diz em suas Confissões:
“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova! Tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu lá fora, e fora te procurava…”
Quantas vezes também nós buscamos fora aquilo que só pode ser encontrado no silêncio do nosso coração, onde Deus habita?

A Igreja é viva. A Igreja é jovem. Mas para permanecer assim, ela precisa de jovens que entendam e assumam com coragem a sua missão. Jovens que não tenham medo de dizer “sim”, de nadar contra a corrente, de ser luz no meio da escuridão.

Vocês são o hoje de Deus. O agora. São como brasas que mantêm aceso o fogo do Espírito na Igreja. Que o mundo veja em vocês um reflexo da alegria verdadeira — aquela que vem de um coração que encontrou o seu lugar em Deus.

Perguntas mais frequentes

Ser uma Irmã Consagrada é acolher o dom do Pai à sua Igreja por meio do Espírito Santo. É uma vida configurada a Cristo, virgem, pobre e obediente, tornada sinal do Reino de Deus já presente no meio dos homens (cf. VC 1.16). 

A irmã consagrada entrega sua vida inteiramente a Jesus, vivendo os votos de castidade, pobreza e obediência.

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, essa consagração é vivida com alegria, oração e missão, especialmente junto aos jovens, levando esperança, cura e salvação onde Deus nos enviar.

A vida consagrada é um sinal da presença de Deus no mundo. Ela existe para lembrar a todos a primazia de Deus e o chamado à santidade:

“A vida consagrada está ao serviço da consagração dos irmãos, recordando-lhes a finalidade última da vida cristã.” (VC, 33)

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, a vida consagrada existe para levar alegria, esperança e salvação, especialmente aos jovens, mostrando com a própria vida que só em Deus está a verdadeira felicidade.

Para ser, é preciso deixar-se conquistar pelo amor de Cristo, vivendo só para Ele e por Ele:

“Quem recebeu a graça desta especial comunhão de amor com Cristo, sente-se chamado a viver só para Ele e por Ele.” (VC, 17)

O primeiro passo é escutar o chamado de Deus no coração e desejar fazer a vontade d’Ele. Depois, você pode entrar em contato conosco, participar de encontros vocacionais e, se for da vontade do Senhor, iniciar o caminho de discernimento dentro da Comunidade.

“A vida consagrada nasce da iniciativa do Senhor: é Ele quem chama.” (Vita Consecrata, 17)

É Deus quem chama, e esse chamado costuma nascer na oração, em experiências com Ele ou no desejo de algo mais profundo e verdadeiro.

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, acreditamos que toda vocação começa com um encontro pessoal com Jesus, que acende no coração o desejo de viver só para Ele.

Uma Ordem Religiosa é uma forma de vida consagrada na Igreja. Nela, homens e mulheres, chamados por Deus, escolhem seguir Cristo de perto por meio dos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência.

São comunidades estáveis, aprovadas pela Igreja, que vivem segundo uma regra de vida espiritual e partilham a mesma missão.

“A vida consagrada pertence de modo íntimo à vida, à santidade e à missão da Igreja.” (Vita Consecrata, 3)

As Ordens têm fundadores, carismas próprios e uma forma específica de viver os votos.

Somos sustentadas pela Divina Providência, ou seja, pela confiança total em Deus. Ele cuida de nós através de doações, trabalhos da Comunidade, da nossa loja evangelizadora e da generosidade de pessoas que acreditam na missão.

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, vivemos com simplicidade e fé, sabendo que, onde há missão, Deus provê tudo o que é necessário.

Nossa vida é sustentada pela oração diária. Rezamos a Liturgia das Horas, fazemos adoração ao Santíssimo, meditamos a Palavra e participamos da Santa Missa.

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, também rezamos o Rosário comunitariamente e, com muito amor, a Coroa das 7 Alegrias de Nossa Senhora, que expressa profundamente o nosso carisma.

A oração é o centro de tudo. É dela que nasce a nossa alegria, força e missão. Vivemos buscando um relacionamento íntimo com Deus, como Maria: em silêncio, escuta e entrega.

Trabalhamos para Deus e para Sua Igreja. Toda a nossa vida e missão são dedicadas a levar as pessoas ao encontro com Jesus, especialmente os jovens, os mais sofridos e os que ainda não conhecem o amor de Deus.

Na Comunidade Servas de Nossa Senhora da Alegria, servimos com alegria, colocando nossos dons a serviço do Reino e das almas, porque acreditamos que enquanto há vida, há esperança de salvação.